Posso tratar paralisia facial periferica com acupuntura?

 

A paralisia facial periférica, também chamada de paralisia de Bell, é resultado de alterações do funcionamento do nervo Facial, que é um nervo que surge na base do crânio, próximo à orelha, dos dois lados, e tem diversas funções, as mais perceptíveis relacionadas ao comando do movimento dos músculos faciais.

  

Quando ocorre a paralisia, os músculos faciais de um dos lados deixam de funcionar ou se tornam lentos e com comandos insuficientes, como se estivessem mais fracos, e provocam alterações na aparência facial do paciente, com dificuldade para enrugar a testa, piscar ou fechar o olho, mover os lábios e surge um desvio do canto da boca do lado não afetado, bem como com dificuldade para conter líquidos na boca, assoprar/bochechar. 

 

Outros sintomas menos evidentes são a hipersensibilidade auditiva (hiperacusia), dor de cabeça e de ouvido, menor produção de lágrimas (olho seco) e de saliva (boca seca), ou lacrimejamento e salivação abundantes.

  

Ocorre de forma súbita e não podemos relacionar com uma causa muito específica, muitas vezes julgamos que ocorreu por uma queda da imunidade, excesso de stress, ou exposição ao frio, mas o que provavelmente ocorre é uma reação inflamatória envolvendo o Nervo Facial que prejudica seu funcionamento.

 

A paralisia facial periférica pode regredir sem tratamento à medida que a inflamação do nervo regride espontaneamente, porém cerca de 20% dos casos apresentam algum tipo de sequela, o que justifica o tratamento precoce.

A principal complicação da paralisia facial periférica é o ressecamento do olho que não fecha completamente no lado paralisado, com isso a córnea pode ser lesionada e ocorrerem graves problemas de visão, inclusive cegueira, essa situação é contornada com o uso de colírios lubrificantes (lágrimas artificiais). 

 

A proposta da acupuntura no tratamento da paralisia de Bell é proporcionar redução do processo inflamatório e aumentar a excitabilidade do nervo facial, melhorar a contração muscular, a circulação sanguínea e a nutrição tecidual, auxiliar na dispersão do ciclo espasmo – dor, pois promove analgesia e relaxamento muscular, e inibe reflexos patológicos que resultam em sincinesias. 

 

O ideal é iniciar o tratamento o mais precoce possível e a depender de cada caso podemos realizar sessões duas vezes por semana, e os resultados podem ser vistos logo após a primeira sessão.

 

 

Olá, como posso ajudar?